A contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Tóquio fica cada vez menor. Muitas notícias apareceram em janeiro sobre o maior evento multidesportivo do mundo.
Vamos verificar as últimas notícias da preparação brasileira e da sede para as olimpíadas?
Rafaela Silva
Uma notícia péssima para o Brasil no mês foi a confirmação, por parte da Federação Internacional de Judô, suspensão da judoca Rafaela Silva, por ter sido pega em exame antidoping realizado em agosto do ano passado, durante o Pan de Lima.
A punição é de dois anos, o que tiraria a atleta dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Ainda cabe recurso no CAS (Corte Arbitral do Esporte), a última instância do direito desportivo mundial. Ficamos no aguardo para saber se a Rafa vai defender o título olímpico no Japão!
Uma combinação de resultado que ajudou o Brasil
Após um vexame nos Jogos Panamericanos, em que terminou na 3ª colocação, a Seleção Masculina de Handebol precisava então, torcer por uma combinação de resultados para ter mais uma chance de vaga para Tóquio em um pré-olímpico.
O Pan dava vaga direta ao vencedor, e vaga em pré-olímpico ao medalhista de prata. Graças a boa campanha no Mundial, o Brasil ainda tinha uma chance no pré-olímpico, mas para disputar esse torneio, precisaria torcer para:
– Egito ser campeão africano
– Noruega, França, Alemanha, Suécia, Croácia ou Espanha ser campeão europeu
Dessa forma, o Brasil poderia entrar no pré-olímpico. E foi exatamente o que aconteceu!
Egito campeão africano e Espanha campeã europeia foi o que bastou para o Brasil entrar no pré-olímpico.
E as chaves já estão definidas: disputa duas vagas em Tóquio em Abril, na Noruega, contra as donas da casa, o Chile e a Coreia do Sul.
Treta no taekwondo brasileiro
Maicon Andrade, medalhista de bronze na última olimpíada no Rio e no Campeonato Mundial de taekwondo no ano passado, ficou fora da convocação para o pré-olímpico.
Mesmo com quatro categorias nos Jogos Olímpicos, cada país só pode enviar ao pré-olímpico dois atletas por gênero.
A Confederação Brasileira convocou Ícaro Miguel (até 80kg) e Edival “Netinho” até 68kg.
No ranking mundial, Maicon está no mesmo patamar de Ícaro e Netinho, e entende que uma dessa vagas ao pré-olímpico seria dele.
Portanto, vai entrar na justiça para ser um dos convocados para o torneio que dará vaga em Tóquio 2020.
Posteres dos jogos e design dos ingressos
Para comemorar os 200 dias para os Jogos, o Comitê Local divulgou posteres oficiais dos Jogos.
Ao todo, são 20 obras (12 divulgando as Olimpíadas e 8, as Paralimpíadas) e serão espalhadas por Tóquio para ajudar na promoção dos eventos.
Segundo o COL:
“Os pôsteres olímpicos traçam visualmente a história e a identidade de cada edição dos Jogos Olímpicos, testemunhando o contexto artístico, social e político de sua época […] Hoje, eles transmitem os valores e ideais olímpicos e mantêm um diálogo com a comunidade artística internacional e os talentos criativos do país anfitrião”.
As obras originais ficarão expostas no Museu de Arte Contemporânea de Tóquio até o dia 16 de fevereiro.
Também foram divulgados o layout dos ingressos dos Jogos.
Baseados na identidade visual dos Jogos, são 59 modelos de ingressos para as Olimpíadas e 25 para as Paralimpíadas.
Cada um deles apresenta o pictograma da modalidade em disputa e o local da prova.
Foi inspirado nos três tipos de formas retangulares que compõem os emblemas olímpicos e paralímpicos.
Polêmica com bandeira
Uma polêmica antiga com “vizinhos” volta à tona para os Jogos.
A bandeira do sol nascente com 16 raios saindo dela está sofrendo boicote de diversos países do mundo, puxados pela Coréia do Sul.
Para os sul-coreanos, o uso da bandeira num evento como as Olimpíadas é uma grande lembrança das atrocidades cometidas pelas tropas japonesas durante a Segunda Guerra Mundial.
A bandeira é tradicional no Japão, e foi associada ao período terrível da Segunda Guerra por ser a bandeira que a Marinha japonesa usava.
Em 1905, o Japão ocupou a Coreia, e daí todo o tipo de atrocidades ocorreu. Centenas de milhares de coreanos foram submetidos a trabalhos forçados; Milhares de meninas e mulheres foram forçadas a trabalhar em bordéis militares.
O COI não concorda com o boicote, pois acredita que a bandeira “não tem conotação política”…
Proibição de manifestações políticas
Falando em conotação política, o COI publicou uma norma que proíbe atletas de fazerem manifestações políticas e religiosas durante os Jogos.
Estão proibidos:
– faixas ou cartazes;
– algum gesto acintoso como ajoelhar-se ou erguer o punho fechado;
– recusar-se a seguir algum protocolo do evento.
Está proibido se manifestar assim durante as cerimonias de abertura e encerramento, na entrega das medalhas, em jogos ou disputas oficiais e na Vila Olímpica.
Apenas é aceitável alguma manifestação pública dos atletas em suas redes sociais, em entrevistas para jornalistas e nas reuniões com suas equipes.
O objetivo do COI é focar apenas na competição. Alguns atletas, no entanto, já falaram que vão ignorar essa norma…
Coronavirus
O mundo se vê em grande perigo por conta de um vírus com alto contágio e que vem trazendo mortes: o coronavírus.
Com foco inicialmente na cidade de Wuhan, na China, já causa apreensão no mundo, sendo oficialmente confirmado em diversos países.
Pré-olímpicos de boxe e de futebol, que deveriam acontecer em solo chinês, foram suspensos. O mundial de atletismo indoor foi remarcado para 2021.
A FIA estuda medidas para o GP de F1 e o e-Prix da Fórmula E, que acontecem na China.
Já com casos confirmados em solo japonês, o COL das Olimpiadas e paralimpiadas já começam a se preocupar.
Segundo o Comitê:
“Medidas contra doenças infecciosas constituem uma parte importante de nossos planos para sediar Jogos Olímpicos seguros e protegidos”.
Vamos aguardar, pois a chance dos Jogos estarem ameaçados é grande!