Cinco momentos marcantes do GP Brasil de Fórmula 1

O Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 é uma das corridas mais icônicas e emocionantes do calendário automobilístico mundial.

Com uma história rica e cheia de reviravoltas, a pista de Interlagos, em São Paulo, já testemunhou momentos épicos que ficaram gravados na memória dos fãs.

Apesar de ter ficado alguns anos no finado autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, no começo dos anos 90 o novo desenho do autódromo paulistano virou um dos preferidos dos pilotos.

Neste post, vamos embarcar em uma jornada emocional relembrando alguns dos momentos mais marcantes que fizeram história no Grande Prêmio do Brasil.

A primeira vitória BR

O autódromo de Interlagos tem como nome José Carlos Pace. Esse nome vem do primeiro brasileiro vencedor da Fórmula 1.

O piloto venceu sua primeira e única corrida na categoria justamente em Interlagos, em 1975

E com um plus: Emerson Fittipaldi, futuro bicampeão mundial, chegou em segundo.

Essa foi a primeira das três dobradinhas BR na categoria.

Infelizmente, Pace morreu dois anos depois num acidente aéreo.

Depois do acidente, o autódromo ganhou o nome do piloto, nome que perdura até hoje.

 

6ª Marcha

Não, fã de One Piece… Luffy não atingiu uma nova transformação.

Porém, assim como o herói do chapéu de palha, Senna sofreu muito nesse dia para atingir essa conquista.

O piloto brasileiro já havia sido campeão mundial, mas batia na trave quando pilotava no Brasil.

Ou abandonava, ou concluía longe do pódio.

Em 1991, ele e sua McLaren disputavam o lugar mais alto do pódio com as Williams de Mansell e Patrese.

No fim de semana em São Paulo, ele largou na frente dos concorrentes, e vinha com um ritmo bom.

Até que a o câmbio começa a dar problemas.

A partir daí, acontece o grande drama. Com chuva, Senna ficou nas últimas voltas apenas com a sexta marcha.

Na época, o carro precisava de “mais braço” para guiar, e isso foi brutal para Senna, que venceu a corrida mas, quase desmaiando, mal teve forças para erguer o troféu.

Em 1993, outro momento de Senna em Interlagos ficou na história.

Vencendo o GP Brasil, foi ovacionado e erguido pela torcida brasileira que invadiu a pista para celebrar seu campeão.

Corrida Maluca

Interlagos geralmente ficava no começo da temporada da F1. Porém, as tão famosas chuvas vindas da represa sempre pintavam em março / abril.

E a gota d’água (literalmente) para a Fórmula 1 mudar o período para o final do ano foi o histórico GP Brasil de 2003.

Histórico porque a chuva que caiu naquele fim de semana foi muito grande.

A curva 3 fez muitas vítimas (não fatais, ainda bem) nessa corrida, entre eles Michael Schumacher.

Rubinho Barrichello, exímio piloto na chuva e conhecedor dos caminhos de Interlagos, vinha bem rumo a sua primeira vitória no autódromo quando abandona com problemas na volta 47.

As condições de pista não melhoraram. Até que, na volta 54, Mark Webber, então na Jaguar, bateu forte na subida para a reta principal.

Fernando Alonso, com sua Renault, não conseguiu desviar dos detritos da Jaguar, batendo violentamente no muro.

A direção de prova acionou bandeira vermelha na volta 55, e a prova não retornou.

O vencedor na pista foi Kimi Haikkonen, da McLaren. Porém, a vitória foi dada erroneamente, pois na volta 54, Giancarlo Fisichella, da Jordan, havia ultrapassado o finlandês. Por conta da bandeira vermelha, essa foi a última volta válida da corrida.

A “gafe” foi corrigida depois, no GP de San Marino, em Ímola.

Massa campeão por meia volta

O Brasil ficou muito perto de ter um campeão mundial em 2008.

A última prova daquele ano foi em Interlagos, com Felipe Massa (pilotando uma Ferrari) disputando com Lewis Hamilton (da Mclaren) o título daquele ano.

Um ano aliás cheio de reviravoltas para os concorrentes ao título – vide o polêmico GP de Cingapura daquele ano.

Na classificação, Hamilton estava na frente. Para Massa ser campeão, precisaria vencer e torcer para Hamilton não passar de 6º.

A famosa chuva de Interlagos parecia estar do lado do brasileiro, já que liderou de ponta a ponta a corrida, vencendo.

A torcida estava em êxtase já que, por causa da chuva nas voltas finais, Hamilton havia caído para 6º, posição que dava o título ao brasileiro.

O problema é que, na volta final, a chuva apertou ainda mais, e Timo Glock (da Toyota) que estava com uma estratégia com pneus de pista seca, não aguentou o aguaceiro, e Hamilton conseguiu passar.

O 5º lugar deu ao inglês seu primeiro título mundial, e a torcida brasileira uma enorme frustração, comemorando um título por menos de 20s.

O fim de semana perfeito de Hamilton

Hamilton tem o Brasil no coração – mesmo que tenha deixado todo mundo triste em 2008. Não somente pelo seu ídolo, Ayrton Senna, que ele já homenageou várias vezes no grid.

O GP Brasil de 2021 também foi marcante nesse carinho.

A disputa com Max Verstappen (Red Bull) pelo título estava acirrada – tanto é que eles foram para a última corrida daquele ano empatados.

E esse empate foi possível, entre outras coisas, graças ao fim de semana no Brasil.

Por conta de uma punição na classificação por irregularidades na asa traseira, Hamilton largou em último na corrida sprint – em que o resultado dessa corrida posicionaria os pilotos na largada da corrida principal.

Numa incrível corrida de recuperação, o piloto inglês terminou a corrida sprint em 5º. Porém, por conta de uma troca no motor de combustão, ele largaria em 10º.

No dia da corrida, um show de Hamilton. Largando de 10º chegou, na parte final da corrida, em Verstappen que, apesar de ter lutado um pouco pela posição, preferiu resguardar o equipamento – já que ainda faltavam 3 corridas.

Num fim de semana em que ultrapassou TODOS os carros do grid e venceu a corrida – uma de suas mais marcantes performances na carreira – fez uma homenagem ao torcedor, que vibrou muito durante a prova.

Pediu uma bandeira do Brasil a um fiscal e fez a volta de retorno aos boxes com nossa bandeira nas mãos, para delírio do torcedor.


Fonte e Fonte

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