Você viu a chuteira da Marta?

Todos que acompanharam a 2ª partida da Seleção feminina na Copa do Mundo, perceberam um gesto da craque Marta ao fazer seu 1º gol no Mundial de 2019, atingindo o recorde de gols em Copas femininas.

Aliás, empatando com Miroslav Klose também no recorde da Copa masculina.

Enfim, o gesto de mostrar sua chuteira e – principalmente – a estampa nela é bem emblemática.

Marta

Na sua primeira atuação no campeonato (ela havia sido poupada na primeira partida contra a Jamaica) a seis vezes melhor do mundo entrou em campo com chuteira preta, sem qualquer tipo de patrocínio.

O que quebrava o preto da chuteira era apenas o símbolo azul e rosa da campanha #GoEqual, que Marta faz parte e questiona a não-igualdade de apoio e remuneração entre homens e mulheres.

Marta, inclusive, recusou-se a assinar contratos de patrocínio para o Mundial. Segundo a jogadora, diversas marcas ofereceram a ela um quantia muito abaixo do que oferecem para um patrocínio masculino.

marta chuteira go equal

Visibilidade doa em quem doer

A visibilidade do futebol feminino é evidente nesse mundial.

Vários casos de quebra de audiência com jogos da Copa da França são registrados na França, Itália, Inglaterra e até aqui mesmo, no Brasil.

No jogo entre Brasil x Jamaica, que rolou num domingo pela manhã, a Globo/Band registrou recordes para o horário.

Essa visibilidade, entretanto, também escancara as diferenças entre os times masculinos e femininos de futebol, no que diz respeito a investimentos.

A própria Fifa destina apenas cerca de 1% de seus investimentos para o futebol feminino.

Apesar de ter aumentado a premiação para este mundial, a seleção que levantará o troféu em Lyon no próximo dia 14 de julho receberá como premiação um pouco menos do que recebeu o Panamá, o último colocado na Copa do Mundo masculina de 2018.

ce  md

Quer outro exemplo? A norueguesa Ada Hegerberg, ganhadora do prêmio Bola de Ouro deste ano, recebe cerca de US$ 450 mil (cerca de R$ 1,7 milhão) por ano.

A atacante do Lyon recebe um valor cerca de 325 vezes menor que o que o atacante da seleção argentina e do Barcelona, Lionel Messi, ganha.

Por essas e outras que Ada deicidu não jogar mais pela seleção da Noruega – que está jogando no Mundial.

Confira o site do #GoEqual e saiba mais sobre a iniciativa.

Fonte

E aí, você acha que a Copa do Mundo desse ano é o pontapé inicial para a mudança da visibilidade do futebol feminino? Comenta aí!