Com o novo Governo Federal, o esporte brasileiro (que teve seu status ministerial rebaixado) continua a sofrer baixas, há poucos dias do Panamericano de Lima e faltando quase um ano para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
O Governo Federal, desde 2018, ventila a possibilidade de suspender o repasse financeiro ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro) obtido através da Lei Agnelo/Piva.
Pelo visto, a nova gestão da Caixa deseja realmente que o repasse não seja mais dado, o que causou preocupação ao Comitê:
“O COB cumpre todos os princípios da administração pública. Não significa que podemos fazer o que quisermos com os recursos. Não cabe esta afirmativa, de que estamos descumprindo isso e aquilo. Nós confiamos nos documentos que recebemos da Caixa e da Secretaria Especial de Esportes, e está tudo certo. Não vejo problema em relação a isso”, complementou Paulo Teixeira, presidente do COB, em entrevista coletiva.
Após a Caixa cancelar o repasse, como praticamente todas as ações do novo governo, voltou atrás, mas ainda deixando a comunidade esportiva apreensiva.
Essa lei, datada de 2001, garante 2% da arrecadação bruta da Loteria Federal ao COB e ao CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), quantia essa redistribuída para as federações esportivas afiliadas.
Cartão é a solução?
O COB tenta manter o que é possível em arrecadação de patrocínio para ter o mínimo de competitividade em suas federações. Além disso, o Comitê lançou hoje uma ideia que poderia ajudar nessa arrecadação.
O Cartão Time Brasil é uma modalidade de cartão em que os atletas sejam “embaixadores” do produto, atraindo clientes.
O cartão é uma parceria do COB com a Sigo Esporte.
Segundo o site da empresa, o Sigo Esporte é “a plataforma que veio para criar condições para que atletas, esportistas, treinadores e organizações esportivas obtenham recursos independentes de verbas públicas e patrocínios convencionais, gerando renda recorrente por meio da causa social do esporte. “
Esse cartão é pré-pago (ou seja, é recarregável) terá uma assinatura mensal de R$ 29,90. Desse dinheiro, R$ 1 por mês vai para o atleta indicado pelo cliente.
A ideia, segundo o COB, é gerar receita complementar para o esporte e os atletas brasileiros.
O próprio COB receberá uma parcela do arrecadado.
O usuário deposita o dinheiro na conta da empresa, que retira o valor da mensalidade todo mês.
Segundo o COB, esse valor retornará em 100% ao usuário, através de descontos em uma rede de parceiros.
Apesar de, no site do cartão, uma lista de parceiros aparecer, nenhuma referência a desconto consta por lá.
Será que é essa mesma a solução do esporte brasileiro? Tudo bem que o governo anunciou um aporte ao Bolsa Atleta, mas… Depois da Rio 2016, o esporte passar o chapéu assim…
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