Vamos conhecer um pouco mais da vida de um dos maiores basquetebolistas de todos os tempos, que travou grandes batalhas dentro e fora das quadras: Magic Johnson!
O “futuro Magic” começou a despontar para o esporte já na universidade, quando foi campeão da Primeira Divisão da NCAA (campeonato universitário de basquete) em 1979 pela Universidade Estadual de Michigan.
Foi draftado para a NBA como escolha nº 1 pelo Los Angeles Lakers naquele mesmo ano.
A sua temporada de estreia não poderia ter sido melhor: campeão e MVP das finais (o primeiro novato a conseguir esse feito).
Especialmente o jogo 6 da final, contra o Philadelphia 76ers, ficou marcado na história da NBA, segundo o próprio Hall da Fama do basquetebol:
“Johnson redefiniu a esfera tradicional de posição porque ele podia ser excelente em qualquer fase do jogo”
Durante sua carreira na NBA, ele tem recordes que fazem jus a sua alcunha de “mágico”:
– 3 vezes MVP da NBA
– 3 vezes MVP das Finais da NBA
– 9 finais de NBA
– 12 participações no All Star Game (com 2 prêmios de MVP do Jogo)
– 10 vezes selecionado para o Melhor Quinteto da NBA.
– 6 vezes líder em média de assistências
– jogador com a maior média de assistências por jogo da NBA (11.2).
Jogou 906 partidas pelos Lakers, sua única equipe na NBA, marcando 17.707 pontos.
Venceu a NBA por 5 vezes com os Lakers, fazendo lendárias disputas contra o 76ers e, principalmente, contra o Boston Celtics.
Ativista contra o HIV
Porém, em 1991, a sua carreira sofreu um abalo que mudaria a sua vida.
Magic Johnson, ainda no auge da carreira, anunciou em coletiva de imprensa que havia testado positivo para HIV.
O vírus da AIDS ainda era um tabu nessa época. Exatamente nesse mesmo mês, Freddy Mercury anunciou que havia contraído o vírus um dia antes de morrer.
Não haviam avanços no tratamento como existem hoje, e o preconceito era ainda mais latente já que, até aquele momento, os casos de HIV eram apenas creditados a homossexuais e usuários de drogas (por conta das drogas injetáveis).
Jhonson afirmou não ser homossexual e nem usuário de drogas e, à princípio, não sabia como havia contraído o vírus. Mais tarde ele admitiu que sua vida sexual à época era bem intensa, com várias parceiras.
No entanto, após o diagnóstico, encontrou na família o seu porto seguro para encarar a doença, até então “fatal”.
“HIV mudou minha vida. Em 1991, as pessoas consideravam a doença uma sentença de morte. A minha esposa e minha família foram o meu maior suporte, sem eles eu não estaria aqui hoje. Eu estava devassado. Mas depois de um tempo, fui ao médico e perguntei como poderia ter uma vida longa. Ele me disse três coisas: me conformar com a doença, tomar a medicação corretamente e cuidar do meu corpo. Eu fiz tudo isso e deu certo”
Com isso, Magic se retirou do basquete temporariamente para se tratar.
E não ficou apenas nisso. Ele arregaçou as mangas e, com sua influência, decidiu combater a doença em diversas frentes, financiando projetos e virando um ativista da causa.
Criou, ainda em 1991, a Fundação Magic Johnson, uma ONG humanitária que busca auxiliar as pessoas carentes no combate à AIDS e o HIV.
Só que o basquete não havia acabado de todo para ele.
Em votação popular, ele foi convidado a participar do All Star Game de 1992, mesmo que com protestos de alguns jogadores que, por desconhecimento ou preconceito, tinha medo de contrair o HIV caso Magic “se cortasse” em quadra.
No jogo, ele mostrou que não perdeu a magia. Foi o MVP do Jogo das Estrelas, sendo cumprimentado ao final da partida por todos os jogadores.
Logo após, integrou o lendário “Dream Team” que obliterou o torneio de basquete rumo a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona.
Voltou ainda a jogar uma temporada da NBA em 1996, levando os Lakers aos playoffs.
Hoje, além de porta-voz do sexo seguro e da prevenção contra o HIV e a AIDS através da sua Fundação, Magic se tornou empresário e dono de franquias (na MBL, fez parte do grupo que arrendou o LA Dodgers, e na NBA, chegou a presidir o Lakers), além de ser comentarista de TV.
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