As 5 melhores finais da Libertadores

A Libertadores é o maior torneio continental dessas bandas da América do Sul.

Já tradicional, desde a década de 1960, grandes clubes já tiveram a honra de adicionar uma plaquinha com seu escudo na base do troféu.


Com mais uma final chegando – num período em que só deu Brasil, vamos relembrar um pouco grandes momentos da Liberta?

O Fluminense foi campeão da Libertadores de 2023 após derrotar o Boca Juniors no Maracanã.

Esse post reúne algumas das finais mais emocionantes da competição, envolvendo muito choro e, literalmente, sangue dentro de campo.

Não estão em ordem do pior para o melhor, mas em ordem cronológica.

Santos x Peñarol (1962)

Reunindo dois dos mais poderosos escretes talvez do século XX, o Santos de Pelé, Coutinho e Pepe enfrentou o então bicampeão mundial, o Peñarol de Sasía, Joya, Spencer e Pedro Rocha.

A primeira partida foi em Montevidéu, com vitória santista – sem Pelé, contundi.

O 2×1 do Santos empolgou o torcedor que lotou a Vila Belmiro. Porém, num jogo que praticamente inaugurou o clima de Libertadores (polêmicas, catimba dos uruguaios, torcidas tretando, brigas entre os jogadores), o Peñarol venceu por 3×2, na famosa “Noite das Garrafadas”.

Na época, não havia critérios de desempate como saldo de gols. Logo, caso houvesse igualdade em pontos, um terceiro jogo aconteceria.

E num confronto disputado como foi, a terceira partida foi necessária para definir o campeão.

Num campo “neutro”, Buenos Aires, e com um dos mais famosos juízes do mundo, vimos a aula santista para conquistar a Libertadores: 3×0, com dois gols de Pelé.

O primeiro dos dois títulos do Peixe naquela década dominante do time no futebol.

Peñarol x River Plate (1966)

finais da libertadores river penarol

Uma final tão emocionante quanto traumatizante para os Milionários.

A velha rivalidade entre Uruguai e Argentina ganhou um capítulo histórico em 1966. Essa foi mais uma partida que precisou de um terceiro jogo.

No primeiro, em Montevidéu, 2×0 para os donos da casa. Na volta, jogo duro, mas vitória do River em casa por 3×2.

O jogo extra, em Santiago, promoveu uma das mais incríveis viradas da história da Libertadores.

O River ganhava por 2×0 no primeiro tempo e encaminhava o seu título, batendo o Peñarol que era no momento o bicampeão da competição.

Foi quando o goleiro dos Milionários Carrizo foi fazer uma graça, matando uma bola no peito ao fazer uma defesa.

Isso foi o estopim para a remontada do clube uruguaio, que diminuiu logo em seguida do lance e, antes do fim do jogo, empatou tudo.

O jogo vai para a prorrogação, e o River sentiu o golpe: dois gols doa aurinegros. Uma goleada! Lágrimas de alegria de um lado, de frustração do outro.

Cruzeiro x River Plate (1976)

finais da libertadores cruzeiro river plate

Essa foi a final com maior placar agregado da história: simplesmente 8×5. E foi uma final bem diferente, por não ter tanta pancadaria estilo Libertadores, destoando bastante das finais da época.

Na ida, o Cruzeiro goleou o River por 4×1 no Mineirão. Na volta, a vitória do River por 2×1 forçou o jogo desempate (lembrando que ainda não haviam critérios de desempate e nem penalidades em caso de igualdade no confronto).

O terceiro jogo ocorreu em Santiago e foi um dos desempates mais emocionantes da Libertadores.

O jogo acabou 3 a 2 para o Cruzeiro, com gol do título já nos minutos finais, coroando o retorno do Brasil aos títulos da competição depois de 13 anos, além de colocar na história o time de 46 gols em apenas 13 jogos.

Grêmio x Peñarol (1983)

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Uma das fotos mais emblemáticas da história da competição, exemplificando muito bem o tal “clima de Libertadores” foi essa do capitão gremista Hugo De León.

E o Grêmio precisou dar o sangue mesmo para conquistar seu primeiro título continental. E contra o atual campeão da Libertadores e mundial, o Peñarol.

No primeiro jogo, o Grêmio foi a Montevidéu e conseguiu segurar um empate em 1 a 1.

Já na volta, no Estádio Olímpico simplesmente abarrotado, o Grêmio saiu na frente, mas o time uruguaio empatou e pressionava, parecendo que ia estragar a festa do Tricolor.

Aí aparece a estrela de Renato Portaluppi. Ele não fez gols, mas fez um grande lance para o gol de César, o gol do título.

Porém, essa foto não é bem o que parece. De León não se feriu com alguma agressão uruguaia: foi com um prego na parte de dentro da base da taça, no momento em que ele colocou o troféu na cabeça.

Boca Juniors x River Plate (2018)

A última final em duas partidas (até o momento) foi também a primeira a acontecer fora do solo americano (até o momento também) e o maior clássico a decidir a Libertadores.

O clima já era de tensão dias antes da final, que teve seu jogo de ida Na Bombonera, estádio do Boca.

Em campo, um 2×2 emocionante. Infelizmente fora dele, uma desorganização inacreditável, que foi evidenciada pela incompetência tanto da CONMEBOL quanto das diretorias dos clubes em gerenciar o tamanho do jogo.

Confusão fora de campo com conflito entre torcidas, divergências quanto a realização do jogo com ou sem torcida…

Depois de muita discussão entre os envolvidos, e com a pressa em definir o campeão por conta do Mundial de Clubes da FIFA, ficava claro que uma tragédia ainda pior aconteceria caso a partida acontecesse no Monumental de Nunes.

A solução? Mandar o jogo da volta NO SANTIAGO BERNABÉU, em Madrid.

E a final sulamericana na Europa teve contornos que não devem a nenhuma final de Champions: 1×1 no tempo normal (com a icônica foto de zoação de Benedetto), e o River Plate garantindo o título com dois gols na prorrogação.

Inesquecível – em todos os sentidos.

Menções Honrosas

Alguns confrontos que não entram na lista acima merecem ser destacados:

1981 – Flamengo x Cobreloa-CHI: a primeira conquista do Flamengo, com Zico decisivo no terceiro jogo contra o Cobreloa do Chile.
1999 – Palmeiras x Deportivo Cali-COL: a primeira conquista do Palmeiras veio com sofrimento e brilho de Marcos nas penalidades após vitória no tempo normal.
2002 – São Caetano x Olímpia-PAR: O São Caetano quase faz a maior zebra da história da competição acontecer, mas o Olímpia do Paraguai venceu no fim.
2004 – Once Caldas-COL x Boca Juniors: A maior zebra da competição: a vitória do colombiano Once Caldas sobre o tradicional Boca Juniors.
2006 – Internacional x São Paulo: a primeira final entre clubes do mesmo país deu a primeira Libertadores ao Internacional.
2008 – Fluminense x LDU-EQU: o primeiro título equatoriano veio numa derrota em pleno Maracanã, empatando o confronto vencido na ida. Nos pênaltis e com a torcida do Flu triste.
2019 – Flamengo x River Plate: a primeira final em jogo único da história da competição, com Gabigol virando o jogo para o rubronegro nos minutos finais contra o River, num Monumental de Lima lotado.

Concorda com a lista? Qual é o seu TOP 5? Deixe aí nos comentários!