Jogadores que viraram ídolos em times rivais

Uma das grandes polêmicas nos clubes é quando um jogador ídolo no clube sai e volta jogando num rival.

Hoje em dia não há aquela “fidelidade” clubística como outrora.


Não é raro ver jogadores “virando a casaca” para jogar no rival sem qualquer tipo de remorso, quer seja por motivos financeiros, quer seja por mais chances na carreira.

Confira abaixo a lista de jogadores que “pularam o muro” da rivalidade clubística.

Diego Souza e Pedro

Dois casos são bem simbólicos: Diego Sousa, que revitalizou sua carreira após passagem pelo Sport (o que até lhe trouxe de volta a Seleção), deixou o Botafogo e está sem clube.
Eis que a diretoria do Santa Cruz cogita contratar o jogador.

Diego Sousa chegou a usar a camisa 87 no Sport, em alusão ao título da polêmica e sem fim Copa União daquele ano, numa clara provocação ao Flamengo, clube que também já jogou.

Ele criou uma identificação forte com o torcedor rubronegro, que volta e meia pede a volta do DS a Ilha do Retiro.

Dá pra imaginar como o torcedor do Leão está se contorcendo de ódio pela proposta – além do fato de sua própria diretoria não conseguir bancar a volta do ídolo.

A torcida do Flu sabe bem o que é isso. Pedro, cria do Fluminense e jogador importante do time até sua saída para a Itália, volta ao Brasil pra jogar no Flamengo.

Novamente, o torcedor acusa o golpe tanto no caso da escolha do Pedro quanto do fato do Flu não conseguir fazer contrapartida alguma.

Pedro é um caso de jogador que é ídolo num clube e virou ídolo no rival

Sabemos, entretanto, o caso isolado dos rivais de Pernambuco não é isolado, principalmente nos dias atuais.

Antigamente, o comum era um jogador defender um, dois ou, no máximo, três times em toda a carreira, tendo uma identificação mais profunda com os clubes por onde passou.

Os dois últimos exemplos disso são os pentacampeões mundiais Marcos e Rogério Ceni, que fizeram suas carreiras no Palmeiras e no São Paulo, respectivamente.

Isso gera revolta por parte do “traído”, e zoação do “novo crush”, como vemos acontecer com Sport/Santa Cruz e Fluminense/Flamengo.

Romário

O “Baixinho” é ídolo de toda uma nação, mas especialmente de times do Rio de Janeiro.

Cria do Vasco da Gama, retornou da Europa – onde foi eleito o melhor jogador do mundo – direto para o Flamengo no ano do seu centenário.

E com provocações ao Vasco. Romário se tornou ídolo do Mengão, mas depois voltou ao Vasco para se consagrar, em especial o seu milésimo gol.

E ele ainda jogou pelo Fluminense, mas sem tanta idolatria quanto os outros.

Edmundo

O Animal, além de ter sido ídolo em São Paulo (mais no Palmeiras que no Corinthians aliás), foi cria e ídolo do Vasco, mas integrou, junto com Romário, a dupla de bad boys do Flamengo no ano do centenário.

Após isso, voltou ao Vasco para se consagrar. E ainda sobrou tempo de jogar no Fluminense.

Danilo

Poucos jogadores conseguiram atingir as maiores conquistas em dois rivais. Danilo conseguiu.

Campeão mundial em 2005 pelo São Paulo e campeão mundial em 2012 pelo Corinthians, Danilo marcou história entre as duas torcidas do Majestoso.

Além disso, Zidanilo (como foi conhecido pela torcida corinthiana) conseguiu duas Libertadores , três Brasileiros e dois Paulistões, com Corinthians ou São Paulo.

Luizão

Não foram apenas nos clubes citados aqui que Luizão jogou, mas foi em Palmeiras, Corinthians e São Paulo que o jogador virou ídolo.

Campeão Paulista com recorde de gols com o Palmeiras, campeão brasileiro e mundial pelo Corinthians e campeão da Libertadores pelo São Paulo.

Luizão poderia se candidatar facilmente para prefeito de São Paulo…

Mário Sérgio

Infelizmente uma das vítimas do trágico acidente aéreo com o time da Chapecoense, Mário Sérgio quando jogava futebol é um exemplo de pulada de muro regional assim como Fred – mas numa rivalidade mais acirrada.

No Internacional, Mário fez parte do time que conquistou o Brasileirão de 1979 de forma invicta sempre com marcantes atuações.

Já no Grêmio, foi campeão mundial em 1983.

Uma das poucas unanimidades, portanto, entre as torcidas de Porto Alegre.

Tinga

Tinga é meio que um Mário Sérgio da nossa época, mas no caminho inverso: cria do Grêmio, passou 5 anos no Tricolor, vencendo duas Copas do Brasil.

Depois de outras andanças na carreira, aportou no rival Internacional, onde conquistou suas maiores vitórias na carreira: duas Copas Libertadores pelo Colorado.

Evaristo de Macedo

Um dos primeiros jogadores brasileiros a brilhar no estrangeiro, Evaristo de Macedo é ídolo nas duas mais importantes torcidas do mundo: Barcelona e Real Madrid.

Porém, tendo dois títulos espanhóis por cada um dos clubes.

Ronaldo Fenômeno

Ronaldo: ídolo no Barcelona e jogador pulando cerca para o clube rival Real Madrid

Ronaldo conseguiu algo difícil na sua carreira: pular o muro da rivalidade TRÊS vezes!

Foi ídolo na maior rivalidade da Espanha, sendo campeão por Barcelona e Real Madrid.

Sem estar satisfeito, foi ídolo nos dois times de Milão, o Milan e a Inter.

E já perto do fim da carreira, fez a maior peripécia de todas: “torcedor” do Flamengo, acabou acertando seu retorno ao Brasil pelo… Corinthians!

Mas é um fenômeno mesmo!

Fred

Fred: jogador ídolo no Cruzeiro que jogou no rival Atlético-MG

Fred é ídolo em toda Belo Horizonte – e semeador de treta.

Cria do América – onde marcou o gol mais rápido do futebol mundial numa Copinha – iniciou sua carreira profissional no Cruzeiro.

Após voltar da Europa, fez sua fama no Fluminense, até voltar ao futebol de Minas… No Atlético-MG!

Se não bastava essa pulada de muro, ele acabou “repulando” o muro ao assinar novamente com o Cruzeiro, onde ele está agora, porém num dos piores momentos da história do clube.

Denilson

Denilson: jogador ídolo no São Paulo e no time rival Palmeiras

Campeão mundial pela Seleção, Denílson protagoniza uma história de virada de cerca forçada.

Explico: revelado no Morumbi, foi a maior venda do futebol brasileiro no ano de 1998.

Depois de jogar na Europa, resolveu voltar ao país para jogar no São Paulo, mas o tricolor rejeitou a sua volta.

Magoado, aceitou o contrato com o Palmeiras, e até mesmo com muita surpresa, é até hoje aclamado como ídolo pelo torcedor alviverde.

E aí, que “traíra” faltou nessa lista de jogador que é ídolo num time, mas pulou a cerca para jogar no rival? Comenta aí!