O futebol é uma paixão que corre nas veias dos brasileiros, assim como o café.
Mas você sabia que essas duas paixões já estiveram mais conectadas do que se imagina?
Nesta postagem, vamos explorar a história em que o café brasileiro se uniu ao campo de jogo, patrocinando a Seleção.
QUERO CAFÉEEE
Camisas de seleções até hoje não podem exibir patrocínio, como os clubes de futebol fazem. No máximo, o logotipo da fornecedora – que apareceram pra valer desde a Copa de 1978.
A CBF até que tentou, aliás.
Desde 1979, em que a CBD foi “desmembrada” para ser mais específica com relação aos esportes, restando apenas a parte do futebol – que foi renomeada para CBF.
A entidade, então, recebeu US$ 3 milhões como patrocínio do IBC – Instituto Brasileiro do Café.
E a entidade até jogou de “raminho” em alguns momentos com o patrocínio do café brasileiro. Porém, a FIFA – presidida na época pelo brasileiro João Havelange – vetou essa prática.
Então, para aproveitar a mudança de nome e para não perder a “boquinha”, a CBF, presidida pelo empresário Giullite Coutinho, decidiu transferir o raminho para dentro do escudo.
MUNDAÇA DE LOGO POR PROPAGANDA
Deu-se então uma mudança drástica do escudo da CBF, em comparação com o da “antiga” CBD.
A “cruz pátea” foi substituída pela Taça Jules Rimet – em alusão ao fato de que ela ficou definitivamente na posse do Brasil.
Aí, aproveitou-se o espaço para colocar o raminho do patrocínio do IBC.
Porém, essa mudança não foi aceita de cara. Teve muita resistência por parte do Conselho Nacional do Desporto, mas no fim o dinheiro falou mais alto.
Assim, o Brasil jogou a Copa de 1982 e de 1986 com essa configuração de escudos.
Para 1990, o “raminho” saiu do escudo por pressão da FIFA. O escudo então foi remodelado para o que conhecemos para a Copa de 1994 – bem semelhante ao da antiga CBD.
O QUE FOI O IBC?
Criado em 1952 pelo Governo Getúlio Vargas, essa entidade visava definir as políticas agrícolas da produção de café no país, bem como a divulgação e propaganda tanto interna como externamente ao Brasil.
Sua incursão futebolística, porém, não se restringiu a Seleção Brasileira. Desde a década de 1960, patrocinava grandes astros do futebol nacional, como Pelé e Garrincha.
Foi extinto o IBC pelo governo Collor, em 1990. Porém, suas atribuições foram atreladas, em 1988, a ABIC – Associação Brasileira da Indústria do Café, entidade que atua até hoje.
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