Uma notícia agitou o domingo. Segundo investigação do The Times, o governo catari realizou pagamentos “secretos” a FIFA 21 dias antes da votação que escolheu o país como sede da Copa de 2022 (juntamente com a sede da Copa de 2018).
Os arquivos, vistos pelo The Sunday Times, exibem contrato de televisão da Al Jazeera, emissora estatal do Qatar, com uma grande oferta comparada as ofertas da época, já que a investigação que fez a devassa na FIFA ainda não havia acontecido na época. O acordo seria na faixa de US$ 400 milhões!
O contrato inclui, segundo o Sunday Times, “uma taxa de sucesso sem precedentes” no valor de de US$ 100 milhões.
Ainda segundo a publicação, essa taxa seria paga em uma conta designada pela Fifa “somente se o Qatar tivesse sucesso nas eleições para a Copa do Mundo”.
O grande problema nem é a oferta de direitos de TV da Copa do Mundo (já que a proposta também envolvia a Copa de 2018), mas o fato de essa oferta viola seriamente os regulamentos da FIFA, já que as entidades ligadas à oferta não podem fazer ofertas em relação ao processo de seleção do local.
E não terminou na votação…
No entanto, ainda segundo a publicação, o processo não acabou após a votação.
Em 2013, três anos depois da escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo, o país asiático colocara na mesa outra “oferta secreta” no valor de 427 milhões de euros à Fifa pelos direitos de transmissão televisiva.
Isso aconteceu pouco antes de o órgão regulador do futebol mundial encerrar sua investigação sobre corrupção no processo da votação da escolha da sede. Isso coloca o montante em cerca de 780 milhões de euros.
Lembrando que o Catar está cercado de polêmicas desde a escolha da sede: desde a mudança da data do Mundial (que ocorrerá no final de 2022), como problemas com altos custos, denúncias de trabalho escravo e polêmicas com patrocinadores oficiais, como marcas de cerveja…
Será que isso trará problemas a FIFA, ao Catar e a Copa do Mundo? Comenta aí!