LIBRA – A Liga de Futebol do Brasil

As discussões sobre uma Liga de Futebol no Brasil esquentaram de vez nessa semana – mas não significa que “agora vai”.

Na última terça-feira, em um hotel na cidade de São Paulo, houve uma reunião com dirigentes dos clubes que atualmente disputam as Séries A e B do Brasileirão.

O motivo foi a “criação” da LIBRA – Liga Brasileira de Futebol.

O que será a LIBRA?

Essa é apenas uma das diversas iniciativas para a criação de uma liga de futebol no Brasil, nos moldes de países como Espanha (LaLiga), Alemanha (Bundesliga), Inglaterra (Premier League), entre outros.

A tentativa atual surgiu em junho de 2021, entre os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, do Palmeiras, Mauricio Galliote, e do Bahia, Guilherme Bellintani.

A intenção era de que os clubes passem a ter mais controle sobre o regulamento das competições (Série A e B), captação de receitas, divisão dos calendários, etc.

E também para diminuir o poder político das federações, que praticamente sitiaram a CBF aos seus caprichos.

A ideia ganhou corpo nos últimos meses. Como noticiamos dias atrás, até mesmo a direção de LaLiga apresentou uma proposta para a organização da liga.

Surpreendendo a todos os presentes, os 5 clubes paulistas da Série A 2022, juntamente com o Flamengo, apresentaram estatuto para o LIBRA na reunião de terça última.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, foi a primeira entre os mandatários a assinar o estatuto do LIBRA.

Criada, porém depende

A reunião, porém, não acabou com um acordo pela liga.

Mandatários de oito times dos 23 presentes assinaram o projeto: Corinthians, Palmeiras, Bragantino, Santos, São Paulo, Flamengo, Cruzeiro e Ponte Preta.

Mesmo assim, nenhum clube se opôs a ideia, tendo como divergência apenas a questão da partilha dos direitos de transmissão para a TV.

A proposta apresentada pela Codajas Sports Kapital (operador responsável pela LIBRA) era de divisão com 40% dos valores fixos para todos os clubes, 30% variável por performance esportiva e 30% variável por audiência (incluindo presença de torcedor nos estádios).

O grupo Forte Futebol, criado para proteger os interesses de clubes ditos “emergentes”, não concorda com essa divisão.

Para eles, o mais justo seria 50% fixos, 25% por performance esportiva e 25% por audiência.

O presidente do Athletico, Mário Celso Petraglia, não acompanhou o tom otimista do “Clube dos Seis”, como ele mesmo chamou:

Para os nossos 14 clubes, não consideramos (que a liga está criada). Fomos surpreendidos com a pauta de reunião. A intenção seria uma conversa entre os clubes para ajustar. Aí vieram com os estatutos prontos e que os seis assinariam, e quem quisesse assinar também que ficasse à vontade. Eu nem estudei o estatuto. […]

O Athletico vai ouvir o seu Conselho e, se estiver de acordo com os nossos princípios, assinaremos. Desde que fique claro que a fundação será dos 20. E não iremos a reboque dos seis. O que nós queremos é dividir melhor, mais justo, e não o Flamengo ter 70 vezes o valor do Athletico-PR em pay-per-view. 70 vezes na mesma competição. Que joguem sozinhos. Que jogue Flamengo contra Corinthians, Corinthians contra Flamengo. Agora eles precisam dos outros 18 para fazer um produto que é o Campeonato Brasileiro. E querem ficar, como sempre, com tudo.

Como sempre, o presidente do Athletico, Mário Celso Petraglia, é o “do contra”. Pelo menos dessa vez, não é tão absurdo assim

Uma nova reunião foi marcada para o próximo dia 12. Caso haja concórdia entre os 40 times e o documento seja assinado unamimanente, a LIBRA será apresentada oficialmente na sede da CBF, local do novo encontro.

A Liga, portanto, não é taxada como uma “cisão” pela CBF.

Incentivada pelo mandatário anterior, Rogério Caboclo, também tem como favorável no entendimento do atual presidente, Ednaldo Rodrigues.

Fonte e Fonte


Será que agora vai?

E esse nome, hein? Já foi registrado e tudo pelo “Clube dos Seis”…

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