Resultados que assombram as seleções de futebol

Nesse Dia das Bruxas, vamos relembrar alguns resultados em campo que amedrontam até hoje os torcedores de algumas importantes seleções do mundo, dando pesadelos durante décadas.

E sim, o 7×1 da Copa de 2014 está na lista, não se preocupe.

Resultados adversos assim são normais, e indicam que “ninguém é perfeito”, mas também é fato que isso serve de munição para zoação dos oponentes que, se ficarem apenas na zoação, são válidos demais.

Inglaterra

Desde que a FIFA foi criada, até 1950, a Inglaterra (e as outras nações do Reino Unido) recusaram a reconhecer a entidade como a principal do futebol mundial.

Por causa disso, não esteve presente nas 3 primeiras edições da Copa do Mundo.

Em 1950, no entanto, se rendeu, comparecendo ao Mundial do Brasil. Se arrependimento matasse…

O primeiro grande fantasma do futebol inglês foi, com certeza, os EUA. 3º lugar em 1930 – sua melhor campanha -, o futebol “inglês” nos EUA era ainda amador. Além disso, a história de rivalidade entre os países é longa, já que os EUA era colônia inglesa.

Mesmo perdendo por 1×0, o English Team finalmente percebeu que, mesmo tendo criado o esporte, não podia ficar com toda aquela soberba.

No entanto, o maior fantasma do futebol inglês é a Hungria.

Na década de 1950, o futebol húngaro era um dos melhores do mundo.

Mais uma vez, para mostrar sua superioridade como criadores do esporte, os ingleses receberam os húngaros em casa em 25 de novembro de 1953, no Wembley.

Invicto no estádio, não perdia para uma equipe não-britânica no país desde 1901.

E tomou de 6×3.

Aliás, um dos gols húngaros foi eleito um dos mais bonitos de todos os tempos.

O autor: Fenec Puskas. Não por coincidência, o prêmio de gol mais bonito do ano no futebol mundial leva seu nome em homenagem.

O orgulho britânico exigiu uma revanche.

Antes da Copa do Mundo de 1954, a Inglaterra foi a Hungria por vingança. E não podia ter sido pior: 7×1 para os donos da casa…

É considerado o Jogo do Século. E um resultado que assombra os ingleses até hoje (mesmo que a Hungria hoje nem de longe lembre aquela seleção).

França

Os franceses assombram o Brasil desde que eliminaram nossa seleção na Copa de 1986. No entanto, a França tem algumas assombrações.

Depois de ser finalista em uma Copa, a França paga mico na seguinte. Foi o que aconteceu em 2002 (quando chegou favorito e atual campeão), quando foi surpreendido pela seleção do Senegal, nas sua primeira participação em Copas.

Em 2010 (após ser vice-campeã) em 2006, a França encarou os donos da casa precisando vencer para avançar.
A Copa da África do Sul foi muito conturbada dentro e fora de campo, tendo até uma CPI no Parlamento Francês…

Nada disso seria levado em conta se a França tivesse vencido a África do Sul. Resultado: derrota por 2×1, eliminação e novo vexame.

Mas absolutamente nada tira o vexame que ficou na história olímpica.

A França foi goleada pela Dinamarca por 17×1, no torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 1908, em Londres (o dinamarques Sophus Nielsen fez dez gols).

Como esse foi o jogo semifinal, ainda havia uma partida para o escrete francês nos Jogos, mas a humilhação foi tão grande que eles desistiram da disputa do bronze.

Essa foi a maior goleada em uma edição de jogos olímpicos.

Itália

Definitivamente os italianos são assombrados por orientais em Copas.

Na Copa de 1966, a campanha da Azurra não era boa, mas o último jogo na primeira fase é com uma seleção amadora e desconhecida, a Coreia do Norte.

O que era uma vitória garantida, virou um exame.

Os asiáticos venceram por 1 a 0 e se classificaram para as quartas-de-final daquele mundial, a melhor campanha do país.

Para não deixar os vizinhos do sul com inveja, a Itália pagou mico em 2002 na Copa do Mundo, quando enfrentou a Coreia do Sul nas oitavas-de-final.

Um jogo polêmico, que os italianos reclamaram muito das marcações da arbitragem favoráveis aos donos da casa, decidido no gol de ouro. Vexame de todo jeito.

Espanha

A Fúria está no rol das grandes equipes do mundo após a geração da década de 00/10, culminando no título na Copa de 2010.

No entanto, há vexames assombrando os espanhóis antes e depois dessa vitoriosa geração.

Em 1950, na fase final da Copa do Mundo no Brasil, a Espanha levou um sacode histórico por 6×1 do Brasil. Esse jogo antecipou um jogo aterrorizante pra gente, o Maracanazo.

Bem, pelo menos cantamos até lá a marchinha de carnaval “Touradas em Madrid”

Depois de campeã mundial, a Espanha voltou a sentir arrepios na espinha quando a Holanda, na Copa de 2014 (novamente no Brasil) resolveu devolver com juros a derrota na final da Copa anterior.

5×1 nos atuais campeões, com um baile de Robben e seus companheiros, e um GOLAÇO de Van Pierse que é inesquecível até hoje para os baianos – e holandeses. E espanhóis. OLÉ!

Argentina

Nossos hermanos tem três fantasminhas que o assombram (4, se contarmos o Brasil, mas isso não é novidade alguma).

O mais antigo vem da Copa de 1958, quando vencemos nosso primeiro mundial. O dia 15 de junho de 1958 viu a forte Checoslováquia esculachar os argentinos: 6 a 1.

Na volta a Argentina, uma calorosa chuva de moedas na equipe que tomou 10 gols em 3 jogos e viu seu maior rival vencendo a Copa pela primeira vez.

Em 1993, sendo a atual campeã mundial, os argentinos viram nas eliminatórias, um vexame acontecer, alavancando o fantasma a condição de favorito ao título da Copa seguinte: 5×0 Colômbia.

OK, a Colômbia deu um vexame no Mundial, mas essa marca ninguém tira.

Não tira, mas alguém pode se juntar.

Em 2009, na altitude de La Paz (que não deixa as coisas fáceis pra quem visita), a Bolívia literalmente arrasou a Argentina: 6×1 em partida válida pelas Eliminatórias.

O resultado foi entendido com um “desconta lá” dos bolivianos, que voltaram a jogar na altitude após proibição da FIFA em jogos a mais de 3000 metros do nível do mar.

Bem, a Argentina não vai poder usar essa desculpa para justificar a mais recente surra que levou: novo 6×1, só que dessa vez para a Espanha em amistoso acontecido em 2018.

Alemanha

O autor do maior vexame da nossa Seleção (calma, a gente chega lá), também tem seus fantasmas.

Claro, o maior finalista da história das Copas tem tantas alegrias quanto tristezas, mas as assombrações germânicas são diferentes.

Uma remete a um dos mais tristes momentos da humanidade (e da própria Alemanha): quando serviu de joguete político para a ascensão nazista.

Em 1938, um ano antes da guerra, a Alemanha anexou a Áustria ao seu território, o que tirou o time austríaco do Mundial.

Nem mesmo com esse reforço, a Alemanha foi bem na Copa da França.

A derrota de 4 a 2 logo na primeira partida, contra a Suíça, eliminou os alemães da Copa do Mundo, frustrando o Fuhrer.

Se esse fantasma foi “celebrado” pelo mundo, o mais recente foi celebrado pelo brasileiro por pura vingança.

Em 2018, vindo como campeã, a Alemanha tropeçava no seu grupo, e precisava vencer a Coréia do Sul para avançar às oitavas (provavelmente contra o Brasil).

E eis que a Coréia do Sul venceu (com ajuda do VAR) por 2×0, tirando os germânicos das oitavas de um mundial, algo muito raro em Copas.

Brasil

Sim, chegou a hora de falarmos dos nossos fantasmas.

O mais antigo foi, lógico, o Maracanazzo, a dolorida derrota para o Uruguai em 1950, num Maracanã recém inaugurado e LOTADO.

Um empate seria suficiente para o título, mas o segundo gol do Uruguai calou o estádio com mais de 200 mil pessoas, além do Brasil inteiro.

No entanto, outros fantasmas assombram o Brasil em Copas.

Em 1966, depois do bicampeonato mundial, a Seleção passou vexame no seu grupo, culminando com a derrota por 3×1 pela seleção portuguesa de Eusébio.

A França, por mais de uma vez, deixou nosso país triste (apesar de, no primeiro encontro, o Brasil tenha eliminado a França nas semifinais em 1958 com show de Pelé).

Em 1986 e 2006, a Seleção parou na França nas quartas-de-final, ambas doloridas pelo que se via a Seleção Brasileira jogar.

No entanto, a mais dolorida com certeza é a final de 1998, quando Ronaldo convulsionou horas antes do jogo começar. Se influenciou a Seleção? A França jogou mais que a gente, não tem jeito…

Sim, mas nenhum desses vexames se compara ao que houve no dia 8 de julho de 2014, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, na semifinal da Copa do Mundo de 2014.

O 7×1 alemão foi o maior vexame de uma seleção campeã mundial em uma Copa do Mundo, de longe.

Aqui na Arena temos vários posts sobre isso. Confira aí.

E aí, que fantasma te assombra em campo? Comenta aí!