As principais curiosidades do Maracanã

Um dos mais famosos estádios do Brasil (e por que não dizer do mundo), o Maracanã completa mais um ano de vida.

Apesar de não ser mais o mesmo Maracanã de grandes decisões, após a reforma principalmente para a Copa de 2014, ainda é o maior palco esportivo do nosso país e um dos maiores do mundo.

E hoje, quando celebramos mais um aniversário do estádio, vamos relembrar grandes momentos desse “gigante”.

Palco da nossa Seleção

Inaugurado para a Copa do Mundo de 1950, o Maracanã logo ficou marcado pelo estigma do “Maracanazo”.

A partida entre Brasil e Uruguai decidia o Mundial – não havia final no regulamento, mas esse jogo reunia as duas seleções que lutavam pelo campeonato.

Um mísero empate dava o título ao Brasil, e o que se viu foi uma lotação máxima do estádio e um silêncio sepulcral após Giggia sacramentar o gol da vitória e do título uruguaio.

39 anos depois, o Brasil decidia novamente contra o Uruguai no estádio, dessa vez uma Copa América.

Além de 1989, o Brasil comemorou título de Copa América no estádio em 2019, após derrotar a seleção Peruana.

Porém, o momento mais lembrado da nossa Seleção no estádio não foi um título, mas uma classificação.

43 anos depois do Maracanazo, e guardando as devidas proporções, nos “vingamos” dos uruguaios, encerrando as eliminatórias da Copa de 1994 com vitória: 2×0 no Uruguai, com 2 gols de Romário.

Era o pontapé inicial do tetra, enquanto o Uruguai veria aquela Copa de casa.

Rojas e a Fogueteira

Eliminatórias, inclusive, que reservaram um grande escândalo 4 anos antes. Em 1989, o estádio recebeu Brasil x Chile.

A vitória por 1×0 classificou a nossa Seleção para a Copa de 1990, mas trouxe o infame caso do goleiro Rojas.

Por conta de um rojão atirado das arquibancadas, tentou forjar uma agressão que poderia ter marcado o estádio do Maraca como inseguro.

Além do corte ter sido feito pelo próprio goleiro – o que baniu o goleiro e suspendeu o Chile das competições eliminatórias por alguns anos – a “fogueteira” ganhou fama e até virou capa da Playboy.

Cerimônias e grandes finais

Por receber eventos multidesportivos como os Jogos Panamericanos e Parapanamericanos (em 2007) e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos (em 2016), o Rio de Janeiro teve como palco das suas cerimônias principais (abertura e encerramento) o Maracanã.

Depois de uma grande reforma (que, segundo os mais antigos, “matou” o estádio), o Maraca foi palco da final da Copa de 2014, vencida pela Alemanha.

O Maracanã e o Estádio Azteca (da Cidade do México) são até o momento as únicas praças a receber duas finais de Copa do Mundo.

O estádio mexicano, porém, vai ficar na frente nesse “ranking” por receber a final da Copa de 2026.

Além da final da Copa de 2014, tivemos como grandes momentos a final do futebol olímpico – em especial o ouro inédito para o Brasil conquistado no estádio.

Maraca, casa dos… Paulistas?

Por mais que o estádio esteja conectado a cultura da cidade do Rio de Janeiro, as maiores conquistas no quesito clubes do estádio são do futebol paulista.

Santos, Palmeiras e Corinthians tem um capítulo especial em suas histórias no Maraca.

O Peixe conquistou seu segundo título da Copa Intercontinental contra o Milan após duas partidas no estádio, em 1963.

Foi lá também que Pelé, com a camisa do Santos, marcou o seu milésimo gol na carreira, em 1969.

O Palmeiras conseguiu sua segunda Taça Libertadores em 2020, na primeira decisão única da competição em solo brasileiro, e justamente contra outro brasileiro, o Santos.

Além, claro, da conquista da Copa Rio 1951, o seu título mundial, após vencer a Juventus.

Já o Corinthians, para enfrentar o Fluminense pela semifinal do Brasileiro de 1976, “invadiu” a cidade, fazendo presença no Maraca, empurrando o Timão a decisão daquele ano.

Além disso, foi no Maracanã que ocorreu a primeira decisão do Mundial de Clubes da FIFA, vencida pelo Corinthians em 2000.

E para o quarteto carioca?

Óbvio que os clubes do Rio tem no Maraca senão a sua “casa”.

O local é palco de grandes conquistas dos cariocas.

  • Flamengo: 35 títulos, entre eles 4 de Campeonato Brasileiro e a Recopa Sulamericana de 2020.
  • Fluminense: 19 títulos, sendo 2 brasileiros.
  • Vasco: 18 títulos, sendo 2 Campeonatos Brasileiros.
  • Botafogo: 15 títulos, incluindo a Copa Conmebol de 1993.

Só a LDU (pela Libertadores, vencendo o Fluminense) e o Independiente (pela Copa Sulamericana, vencendo o Flamengo) são clubes não brasileiros a comemorar título no estádio.

Maraca foi nerfado?

Com capacidade inicial para 200 mil pessoas quando foi inaugurado, o Maracanã sempre foi conhecido por receber grandes públicos.

Após a reforma para a Copa de 2014, a capacidade do estádio foi reduzida para cerca de 70 mil lugares.

Nem perto do máximo que ele já recebeu – os 199.854 espectadores que viram a final da Copa de 1950.

Junto com a “arenização”, um fato triste contribuiu para que as grandes marcas de público ficassem no passado.

Em 1992, antes da final do Brasileirão entre Flamengo e Botafogo, uma das grades de proteção da arquibancada destinada a rubro-negros desabou, causando a queda de vários torcedores.

82 torcedores se feriram, e 3 pessoas morreram. Em torno de 130 mil pessoas estavam lá naquele dia.

Além do futebol

O estádio também recebeu gente famosa que não atuava dentro das quatro linhas.

O Papa João Paulo II por duas vezes celebrou a Santa Missa no estádio: em 1980 e em 1997.

Apresentações como a de Frank Sinatra e do Rock in Rio II também fizeram o Maraca tremer.

Porém, nada pode se comparar a uma partida de voleibol.

Em 1983, numa quadra improvisada, com a maior lotação para o esporte (95.887 pessoas) e sob uma chuva torrencial, Brasil e União Soviética fizeram história.

O placar de 3×1 foi simbólico para toda uma geração vitoriosa do nosso vôlei que surgia a partir daquele momento.

Além do vôlei, em 1952, tivemos a presença no estádio dos Harlem Globetrotters, equipe americana de basquete famosa por suas exibições.

Tivemos também uma luta de vale-tudo envolvendo Hélio Gracie, o maior nome do jiu-jitsu e da luta livre no Brasil, em 1951, desafiando Masahiko Kimura, grande nome do judô na época.

Outros recordes

Didi foi o autor do primeiro gol do Maracanã, no dia 17 de junho de 1950. A partida era entre as seleções de São Paulo e Rio de Janeiro.

Zico, ídolo do Flamengo, é o maior artilheiro do estádio. Marcou 333 gols em 435 jogos. Viu, Baran?

Pelé é o jogador que mais marcou gols no Maracanã com a camisa da Seleção Brasileira: 30 gols em 22 partidas.

199.854, o público de Brasil x Uruguai, na Copa de 1950, é o maior público presente registrado em uma partida de futebol na história.

Já o maior público PAGANTE do futebol também é do Maraca: 183.341, em Brasil x Paraguai, eliminatórias para a Copa de 1970.

Fonte e Fonte


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