Seguimos nossa série de homenagens aos nossos grandes atletas brasileiros.
Dessa vez, vamos contar um pouco da história do primeiro campeão olímpico do nosso atletismo: Adhemar Ferreira da Silva!

Nascido em 29 de setembro de 1927 na cidade de São Paulo, começou no atletismo aos 18 anos.
Filho de um ferroviário e de uma cozinheira, começou a trabalhar cedo para ajudar nas despesas domésticas.
Nos intervalos de almoço, começou a praticar o atletismo. O treinador do São Paulo na época, Dietrich Gerner, se impressionou com o jovem durante os seus treinamentos.

Sua primeira competição foi o Troféu Brasil, em 1947. Sua primeira marca foi de 13,05 metros.
Adhemar rapidamente se tornou uma força a ser reconhecida, conquistando o mundo com marcas impressionantes.
Bicampeão olímpico
Campeão nacional, começa a se destacar com títulos pan-americanos (sendo tricampeão) e sul-americano (sendo pentacampeão).
Seu ápice veio nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952, onde protagonizou um feito inédito.
Quebrou o recorde mundial quatro vezes durante a competição, garantindo sua primeira medalha de ouro com um salto de 16,22m.
Quatro anos depois, em Melbourne 1956, o brasileiro repetiu o feito, conquistando o bicampeonato olímpico com um novo recorde de 16,35m.
Formado em Educação Física, Direito e Relações Públicas, Adhemar aproveitou muito bem o pós-carreira.
Inclusive bancando o ator! Atuou como a personagem Morte no aclamado filme “Orfeu Negro“, que venceu da Palma de Ouro em Cannes concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Trabalhou como comentarista esportivo, locutor da Rádio Panamericana, e colunista do jornal carioca Última Hora.
Poliglota, atuou como adido cultural na embaixada brasileira na Nigéria, além também de atuar na Prefeitura de São Paulo na década de 1980.
Ele recebeu diversas homenagens, inclusive ainda em vida. A mais especial foi a adição de duas estrelas douradas ao escudo do São Paulo Futebol Clube, seu clube na carreira.

Adhemar Ferreira da Silva faleceu em 2001, aos 73 anos, deixando um legado de inspiração para futuras gerações de atletas e brasileiros.
Tanto é que ele é o pioneiro entre os saltadores brasileiros, entre eles Nélson Prudêncio, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo – também recordista mundial – e Jadel Gregório.
Ingressado no Hall da Fama da World Athletics em 2012, em 2023, foi inscrito no Livro de Aço dos Heróis da Pátria.
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