A Copa Sulamericana, para muitos (especialmente quando jogam a Libertadores), é considerada como uma “Série B” do continente.
Como segundo torneio de clubes da CONMEBOL em importância, podemos ver vários clubes de fora de Argentina e Brasil se dando bem.
Ao contrário da Libertadores que, agora, estamos empatados com os hermanos, na SULA o Brasil não tem um domínio considerável.
Chegamos em finais de forma consecutiva, mas quase sempre batemos na trave.
Esse post visa listar todas as vezes que um BR chegou na final da Copa Sulamericana, e o que aconteceu no fim.
Internacional (2008) 🏆
Só na sétima edição um brasileiro alcançou a final da competição. O Internacional já havia conquistado a América em 2006, e encarava os argentinos do Estudiantes na decisão.
Em dois jogos, venceu na ida por 1×0 na Argentina e empatou em 1×1 no Beira-Rio, o primeiro estádio em solo brasileiro a ver a taça da Sula sendo erguida.
Após isso, jogando e vencendo a Suruga Cup – torneio envolvendo o campeão da Sula e o campeão da Copa do Imperador japonês -, o Colorado começou a ter a alcunha de “Campeão de Tudo“, por ter sido campeão em todos os torneios que disputou.
Marca essa “quebrada” em 2025, com o Chelsea assumindo esse apelido.
Fluminense (2009) ❌
No ano seguinte, o Flu tinha uma revanche na decisão da Sula.
Em 2008, o Tricolor fez uma campanha de sonho e chegou a decisão contra a LDU.
No jogo da ida? Goleado na altitude de Quito. Na volta, com um Maracanã abarrotado, iguala o placar e leva a decisão para os pênaltis, onde sai derrotado, com a LDU erguendo um troféu inédito.
Quis o destino que, na decisão da Sulamericana do ano seguinte, o roteiro se repetisse.
Exceto o fato do Flu ter igualado a goleada: 5×1 LDU na ida em Quito, 3×0 Flu na volta no Maracanã.
A freguesia seguia, e a LDU mais uma vez era campeã dentro do Maracanã.
Goiás (2010) ❌
A maior campanha da história do time goiano quase termina em final feliz.
O Esmeraldino fez um torneio incrível na Copa Sulamericana de 2010. Eliminando Grêmio, Penarol e Palmeiras no caminho, encarou o maior campeão da Libertadores, o Independiente, na grande final.
Venceu na ida por 2×0 no Serra Dourada, mas perdeu em Avellaneda para o Rey de Copas por 3×1.
Na disputa de pênaltis, infelizmente não deu pro time brasileiro, mas a campanha ficou marcada na memória do torcedor do Goiás.
São Paulo (2012) 🏆
Depois de uma década dourada no começo do milênio, o São Paulo cambaleou muito, nunca repetindo uma campanha vistosa – exceto a Copa do Brasil que venceu recentemente.
Um ponto fora da curva disso foi em 2012, quando disputou a Copa Sulamericana e chegou a decisão contra o Tigre, da Argentina.
O 0x0 em Buenos Aires trouxe a final em aberto para o Morumbi. O que se viu na volta foi um papelão do time argentino.
Perdendo por 2×0 no primeiro tempo e, após uma confusão nos vestiários com funcionários do São Paulo, o Tigre decide não voltar para o segundo tempo.
Logo, o Trikas foi declarado campeão, o grande título conquistado pela jóia Lucas Moura antes de ir para a Europa, e o último de Rogério Ceni como goleiro.
Ponte Preta (2013) ❌
A Macaca nunca havia ganhado um título sequer para sua sala de troféus.
Antes de ser campeão da Série A2 paulistana e da Série C do Brasileirão recentemente, essa “zica” parecia que ia cair em 2013, com uma campanha inesquecível na SULA, eliminando Velez Sarsfield e São Paulo no caminho.
Na decisão, encontrou o Lanus, da Argentina.
O empate em 0x0 no Pacaembu levou a decisão para a Argentina, onde o time local venceu por 2×0 e adiou a inauguração da sala de troféus do time campineiro por 10 anos.
Chapecoense (2016) 🏆
Uma história que daria um roteiro de filme. Pena que não do jeito que o mundo do futebol desejava.
A Chape fez uma belíssima campanha no torneio daquele ano. Eliminando Independiente, Junior Barranquilla e, o mais marcante, San Lorenzo da Argentina, cujo jogo fica marcado até hoje na mente dos torcedores que lotaram a Arena Condá.
O desfecho da história, contudo, foi trágico.
Enquanto se dirigia para a primeira partida da final contra o Atlético Nacional, o avião que conduzia a equipe e profissionais de imprensa caiu nas imediações de Medellin.
Dos 77 ocupantes, somente 6 sobreviveram, entre eles 3 jogadores.
O caso chocou o mundo do futebol. O Atlético Nacional, num gesto hornado, sugeriu a CONMEBOL que o título da SULA fosse dado a Chapecoense, sugestão aceita pela entidade.
Flamengo (2017) ❌
A partir desse ano, foi instaurada a regra de que os 3º lugares dos grupos da Libertadores entrariam na Copa Sulamericana do mesmo ano.
O Flamengo foi o primeiro time nessas condições a chegar na final. E enfrentou o Rey de Copas, o Independiente, na decisão.
Derrotado no Libertadores de América, o Mengo mobilizou toda a magnética para lotar o Maracanã no jogo da volta.
Confusões dentro e fora de campo mancharam a decisão, que terminou em 1×1 e com o título dos argentinos dentro da nossa casa.
Atlético Paranaense (2018) 🏆
Hoje, mesmo com o rebaixamento para a Série B, consideram o Athletico como um 13º membro do G12. Essa alcunha nasceu, indiretamente, com a conquista deste título.
Eliminando o Fluminense no caminho, o Furacão encarou o Junior Barranquilla, da Colômbia, na decisão.
Dois empates em 1×1 (na Colômbia e na Arena da Baixada) levaram a decisão para as penalidades, onde o time paranaense se sobressaiu e levantou a taça!
Athletico (2021) 🏆🏆
O ano de 2021 foi 100% BR nos torneios da CONMEBOL.
Já atuando com finais em jogo único desde 2019, foi a primeira vez, no caso da Copa Sulamericana, que dois clubes do Brasil chegavam na final.
O Furacão, que era o último BR campeão, encarava o RB Bragantino, que chegou a essa condição graças as “asas” da fabricante de energético.
No fim, a partida realizada no Estadio Centenario, em Montevideo, mostrou que quem tinha um pouco mais de tradição levou a melhor, com o Athletico vencendo por 1×0, se tornando o brasileiro com mais títulos de SULA.
São Paulo (2022) ❌
O Tricolor começava ali sua remontada por disputar títulos, e chegava aos trancos e barrancos na final da Sulamericana, onde encararia os equatorianos do Independiente del Valle, vindos da Libertadores.
Esse jogo definiria um novo bicampeão, já que o Del Valle já havia vencido em 2019, no jogo da lendária apresentação que todo mundo lembra quando se fala de final de SULA.
Mesmo sem o boost da altitude, já que o jogo aconteceu no Estadio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, na Argentina, o time do Equador sufocou o Trikas e venceu por 2×0, seu segundo título de Sulamericana.
Fortaleza (2023) ❌
O LAION nos últimos anos se tornou uma potência no futebol brasileiro (mesmo que em 2025 esteja capengando). O ápice de tudo isso – depois de excelentes campanhas no Brasileirão – foi sem dúvidas a final da SULA.
O adversário? A LDU, mais uma vez cruzando o caminho dos brasileiros.
A partida foi em Maldonado, no Uruguai, bem longe da altitude. Porém, o time de Quito sabe jogar na baixitude também, empatando a decisão em 1×1 e se sagrando campeão na disputa de pênaltis, seu segundo título de Sulamericana.
Cruzeiro (2024) ❌
Nenhum time mineiro havia chegado na decisão da Copa Sulamericana até o ano de 2024.
O Cruzeiro, consolidando sua recuperação após quase bater na Série C do Brasileirão, via na Copa Sulamericana uma oportunidade de voltar de vez aos títulos.
Porém esqueceu de avisar aos russos, ou melhor, aos argentinos do Racing, que venceram facilmente o Cabuloso por 3×1, em partida realizada em Assunção, no Paraguai.
E o Atlético-MG, em 2025? Será que vai levar a melhor contra o Lanus, da Argentina? O jogo será novamente em Assunção, e vale vaga na Libertadores de 2026.
Qual dessas finais você lembra? Seu time esteve em alguma delas? Comenta aí!