Já vimos aqui mesmo na Arena Geral alguns clubes que ficaram sob o “guarda-chuva” do Grupo City, aglomerado empresarial que tem no Manchester City, da Inglaterra, seu principal clube.
Naquele post questionamos se havia a possibilidade de um clube brasileiro integrar esse grupo.
Eis que o Bahia tem tudo pra ser o nosso representante no City Group.
Bahia tá de playboy?
Na última sexta, o clube baiano apresentou detalhes da proposta oficial feita pelo City Group para assumir o futebol do clube, nos moldes da lei da SAF.
A venda, no caso, seria de 90% dos direitos do futebol, com o aporte de R$ 1 bilhão.
Desse montante, 50% seria destinado à compra de jogadores, 30% ficaria para o pagamento de dívidas e 20% seria revertido para investimentos em infraestrutura, categoria de base, capital de giro, etc.
O Bahia, de acordo com a proposta, receberá esse aporte financeiro em 15 anos, mas a diretoria já garantiu que deseja que a maior parte desse investimento ocorra nos primeiros cinco.
Já o City Group quitará todas dívidas do clube, com o Bahia negociando diretamente com seus credores, sem necessidade de recuperação judicial, como ocorreu com o Cruzeiro.
Faz parte do acordo a manutenção da folha salarial em R$ 120 milhões ou 60% da receita bruta da SAF, o que for maior. Isso sem contar as transferências de jogadores.
Os programas do clube, como o “Camisa Popular”, o plano de sócios “De Bermuda e Camiseta” e o projeto “Dignidade ao Ídolo” continuarão funcionando.
Uma preocupação do torcedor logo foi sanada: a marca seguirá nos 10% de propriedade da associação.
Ou seja, hino, brasão, escudo, símbolos, apelidos e cores não poderão ser modificados.
Bahia: o melhor SAF?
Ao contrário dos outros clubes que já fecharam a venda de parte do seu futebol no modelo de SAF, o Bahia é o que “deve” menos.
Pelo menos, não o suficiente para depender do SAF como uma tábua de salvação, como no caso de Cruzeiro e Vasco, que poderiam até pedir falência se o acordo não saísse.
Além da necessidade financeira do clube não ser tão terminal quanto dos outros SAF, o “dono” do SAF do Bahia, além de trazer um aporte financeiro considerável, traz o nome de um dos maiores grupos de clubes de futebol do mundo.
E o City Group tá doidinho pra se dar bem no Brasil.
E aí, será que a aquisição do futebol do Bahia vai mudar o time de patamar? Comenta aí!