A CONMEBOL volta a estar “na crista da onda” do futebol mundial com o título da Argentina na Copa do Mundo.
Desde 2002 o campeão mundial não vinha desse lado do mundo.
E, pelo visto, a entidade quer capitalizar em cima disso.
Mês passado, a confederação sul-americana divulgou algumas informações sobre seus próximos torneios, incluindo a Copa América.
Passando a ser no mesmo ano que a Eurocopa, o torneio teve um atraso em 2020 por conta da pandemia, o que ocasionou seu adiamento e mudança de sede.
Como bem sabemos, o torneio que seria na Argentina e na Colômbia foi para o Brasil, local em que a Argentina voltou a ser campeã, justamente em cima do Brasil, justamente num Maracanã vazio.
A próxima edição, desde então, ficou como uma incógnita: seria na Argentina/Colômbia? Seria no Equador (próximo no esquema de revezamento por ordem alfabética)?
O anúncio da Conmebol, em conjunto com a Concacaf – confederação da América do Norte, Central e Caribe – foi de uma Copa América “conjunta” em 2024.
Acontecerá nos Estados Unidos, e teria os mesmos moldes da Copa América Centenário, de 2016, que também aconteceu por lá.
As 10 seleções da Conmebol (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) se juntariam a seis da CONCACAF.
Essas vagas seriam indicadas pela Liga das Nações 2023/2024.
O torneio serviria como um evento-teste para a Copa do Mundo que, além dos EUA, também será no México e no Canadá em 2026.
Além desse anúncio, outros foram feitos, envolvendo futebol de seleções e de clubes:
- A Copa Ouro feminina de 2024 será com 12 seleções (oito seleções da Concacaf e Brasil, Colômbia, Argentina e Paraguai pela CONMEBOL).
- Estuda-se criar um torneio de clubes que reuniria duas equipes da CONMEBOL e duas da CONCACAF, nos moldes de um “final four“. A classificação seria por meio dos torneios já existentes na confederação (como Libertadores e Sulamericana na CONMEBOL).
O presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, está empolgado com a nova parceria:
“Estamos determinados a renovar e expandir nossas iniciativas e projetos conjuntos. Queremos que esta paixão se traduza em mais e melhores competições e que o futebol e seus valores cresçam e se fortaleçam em todo o hemisfério”.
Já o mandatário da Concacaf, Victor Montagliani, celebra a parceria:
“Essa parceria será realmente de benefício mútuo para ambas as confederações. Trabalharemos juntos para garantir que o futebol em ambas as regiões continue a prosperar”.
Mais uma vez a Copa América serve de evento-teste para a gringa. Será que dessa vez o Brasil vai se sair melhor? Da última vez, nem da primeira fase passou…