A nova onda dos cards colecionáveis esportivos

Hoje em dia a grande moda são os ativos digitais.

Não somente as criptomoedas, como o bitcoin, ou os fan tokens, que já abordamos por aqui.


Porém, algumas coleções ainda sobrevivem no formato físico – de uma certa forma.

Cards colecionáveis sempre estiveram no nosso meio, desde jogos de cartas – como Magic, Yugioh e Pokémon TCG, só pra citar alguns – até a evolução dos álbuns de figurinhas.

O fato de colecionar cards por si só não é novidade.

As coleções que fazíamos na infância. Quem aqui conseguiu completar uma belezinha dessas?

Quem aqui nunca colecionou um álbum de figurinhas do Brasileirão ou da Copa do Mundo (real ou virtual)?

Alguns itens como álbuns, cartas, autógrafos, bolas e camisas de ídolos já movimentam o mercado desde muito tempo.

NFT

O furor pelos cards colecionáveis, no entanto, cresceu muito nos últimos tempos seguindo a onda dos NFTs.

O NFT (sigla para Token não fungível, ou não copiável) é um tipo especial de token criptográfico que representa algo único.

Apesar do termo “NFT físico” ser totalmente sem sentido, algumas coleções de cards inovam ao deixar seus ativos mais “exclusivos”, como tiragem limitada, por exemplo.

Nesse post vamos ver alguns “NFT físicos” no esporte.

Cartinhas virtuais?

Seguindo mais fielmente os NFTs, muitos clubes e federações vem gerando esses “cards” digitalmente, para os colecionadores.

Anteriormente, o mercado era bem restrito a baseball e basquete.

Com a segurança dos blockchain cada vez mais provadas, empresas como a La Liga, ou clubes, como o Corinthians, decidiram entrar nesse mercado.

Exemplo de NFT colecionáveis de jogadores da La Liga

Quem adquire esse “card virtual” também recebe, em algumas coleções, uma versão física desse card.

Essas cartas ficam armazenadas no próprio blockchain da Panini (nos casos citados), onde também podem ser feitas as “trocas” com outros usuários.

No entanto, não é apenas a Panini que entrou no criptomundo.

A startup francesa Sorare, por exemplo, faz parceria com clubes de futebol e licencia cartas digitais dos jogadores dessa equipe.

Nicolas Julia, CEO da Sorare, explica:

“O diferencial das cartas é que, apesar de digitais, elas são limitadas, licenciadas e portáteis […] Também é bom para os clubes, já que esse tipo de licenciamento em blockchain é inédito, além de permitir que eles engajem suas marcas com um público jovem e gamer.”

Mercado virtual

Diferente das trocas de figurinhas que já fizemos entre amigos, o mercado dessas criptocartas é mais complexo.

Geradas no início de cada temporada, baseado nos contratos de licenciamento com os times (ou ligas), as cartas são divididas em categorias, de acordo com sua raridade.

Podem ser únicas, com tiragem limitadíssima ou comuns.

Ou você mesmo tenta tirar aquele Neymar único adquirindo pacotes com os cards, como já estamos acostumados, ou arrisca um mercado virtual.

A oferta inicial dos cards é, além da venda física, onde empresas como a Sorare e os clubes efetivamente ganham dinheiro.

Os jogadores ativos dão lances por tempo limitado, até que alguém arremate o item disputado.

No caso de se desfazer de uma carta, o vendedor lista o produto no site (geralmente o site da empresa detentora do blockchain, mas podem ser usadas plataformas como o eBay).

Lá, coloca o preço que acha mais justo, e aguarda um comprador.

Dois dos maiores streamers do Brasil – Gaules e Casimiro – mostram em suas lives como eles se aventuram nesse mercado.

E por aqui?

Não temos muitos clubes BR licenciados em ferramentas como as da Panini e a da Sorare, apesar do mercado estar aberto.

Equipes como o Corinthians já entraram no mundo dos cards colecionáveis.

Porém, para os outros clubes, já podemos “brincar” disso por aqui – de uma certa forma.

No Brasil, a Panini lançou esses cards mais na vibe do “Super Trunfo”.

O Adrenalyn Campeonato Brasileiro, além da coleção de cards, também é um jogo, em que cada carta tem diferentes valores relacionados às habilidades do jogador printado na carta.

A coleção 2020/2021 tem 300 cards, sendo 44 especiais.

José Eduardo Severo Martins, presidente e CEO da Panini Brasil, comenta sobre esse “jogo”:

“Os cards colecionáveis já conquistaram a todos na Copa do Mundo e agora lançaremos uma versão com os protagonistas do Campeonato Brasileiro 2020/21. Estamos muito felizes em proporcionar mais um tipo de entretenimento para nosso público!”

Se você ficou interessado, esse jogo também teve sua versão online, via aplicativo, com as mesmas regras do jogo real.

No momento está desativado, mas deve voltar em 2022.

Fonte, Fonte e Fonte


Ficou interessado nesse mundo?

É sempre bom deixar claro que esse mercado pode ser lucrativo e pode ser prejuízo certo.

Informe-se bem antes de entrar nesse mercado de compra e troca de criptocartas, hein?

Se você já entrou nesse mundo, o que de bacana você já conseguiu? Comenta aí!