O site do Pan 2019 encontrou um grupo incomum de torcedores brasileiros: trajados de azul, com anteninhas de vinil – para detectar a presença dos inimigos – e suas marretas biônicas.
Para os peruanos, poderiam facilmente serem torcedores mexicanos, só que eles NÃO CONTAVAM COM A ASTÚCIAS DOS CHAPOLINS, grupo de torcedores brasileiros que viajam o mundo para torcer pela nossa delegação!
O grupo foi criado para acompanhar justamente os Jogos Panamericanos de 2011, que foram em Guadalajara, México.
Por lá, resolveram homenagear o personagem super-herói de Roberto Gomez Bolaños, o Chespirito.
É inegável que o Chapolim – junto com o Chaves – são os personagens mais queridos da TV.
No entanto, resolveram estilizar o “Polegar Vermelho” com outras cores: verde e amarelo.
Até o escudo tradicional com o “CH” foi mudado, como explicou, em Toronto, no Pan de 2015, o membro do grupo José de Aviz Toutonge:
“A ideia, na verdade, nasceu apenas para o Pan de Guadalajara, por isso a escolha do Chapolin, que é mexicano, vestido com as cores brasileiras. Daí a coisa funcionou, a gente se divertiu muito e passou a ir aos outros grandes eventos também”
SUSPEITEI DESDE O PRINCÍPIO
O grupo esteve também em Toronto, no Canadá, para o Pan de 2015.
Nessa edição, resolveram turistar pelo Peru antes de incentivar o Brasil em Lima, palavras do fundador do grupo, Rubens Tofolo, ao Portal de Lima 2019:
“É a primeira vez que chegamos ao Peru e estamos nos divertindo muito. Parte do grupo foi há alguns dias em Machu Picchu e chegamos apenas para a definição das meninas (do handebol) e vamos ficar até o final dos Pan-americanos. Nós somos 15 membros do grupo, que vêm de diferentes partes do Brasil pelo amor do esporte do nosso país”
Apesar do grupo ser originado do Pará, hoje os “Chapolins” tem membros de vários cantos do país.
E não se reúnem apenas em Panamericanos. Segundo Gustavo Cardoso, também ao Portal do Pan de 2019:
“Somos pessoas comuns que têm um emprego, mas que coincidem em sua fase de férias para estar presentes nessas grandes competições, como os Jogos de Lima 2019 . Também estivemos nas Copas do Mundo de Handebol sempre disfarçadas com o uniforme azul ou verde”
Prioritariamente torcem para o handebol, já que, no passaporte, os Chapolins marcaram presença também na Olimpíada de Londres, em 2012, no Mundial de Handebol feminino, na Sérvia (quando o Brasil foi campeão pela primeira vez), na Copa de 2014 e, além de Toronto 2015, foram à edição 2015 do Mundial de Handebol, no Catar.
E são pé-quentes: a Seleção brasileira feminina de Handebol foi ouro nessa edição do Pan, se garantindo nas Olimpíadas de Tóquio, ano que vem.
Será que os Chapolins vão para Tóquio? Estamos na torcida por eles também!