Esportistas brasileiros retratados nas histórias em quadrinhos

Hoje, 30 de janeiro, é comemorado o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos.

Com certeza você aí que tem mais de 30 anos (ou até que tem menos, mas não com tanta frequência) deve ter folheado alguma história em quadrinhos (ou gibi, como os brasileiros costumam chamar) da Turma da Mônica e/ou do Menino Maluquinho, pra citar os mais famosos.


Esta data foi escolhida pois, em 30/01/1869, Angelo Agostini publicou na revista Vida Fluminense a história “As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte”, tida como a primeira história em quadrinhos brasileira.

Dentre as muitas aventuras dos gibis durante os anos, muitas delas foram junto com esportistas reais – seja sua personificação no papel ou somente uma inspiração.

Relembre conosco alguns deles:

Pelé

O Rei do Futebol também brilhou no mercado dos gibis.

Pelezinho foi criado em 1976, quando Pelé estava atuando pelo NY Cosmos, dos EUA.

Inicialmente, como a maioria dos gibis, eram feitas tiras (histórias condensadas em poucos quadrinhos) para os jornais.

As histórias do Pelezinho que sempre tinham o futebol como pano de fundo, e todos os personagens da sua “turma” foram feitos com ajuda e sugestão do próprio Pelé.

O sucesso do personagem, instantâneo, fez com que ele ganhasse uma revista própria e um lugar no rol de personagens da Turma da Mônica.

APESAR de Pelezinho nunca ter “atuado junto” com os personagens do Bairro do Limoeiro.

Um detalhe importante aqui é que o Pelé não queria que sua “versão infantil” fosse retratada, mas sim a versão adulta, o “Pelezão”, como disse em entrevista sobre o caso o autor Maurício de Sousa:

“Um superjogador? Um jovenzinho bom de bola? Uma criança que ainda estivesse se preparando para ser o campeão do mundo? Eram dúvidas minhas. Mas não dele.
O Pelé pensava num personagem à sua semelhança naquele momento, quando ele ainda jogava e estava no Cosmos de Nova York”.

Senna

Inspirado no ídolo do automobilismo Ayrton Senna, o Senninha e a sua turma estrearam em março de 1994 pela Abril Jovem.

O personagem, que na história tem oito anos, tem diversas características de Ayrton, tanto físicas quanto de personalidade – ama velocidade e não gosta de perder.

Seus irmãos na trama também são inspirados na sua família na vida real (a personagem Gigi é inspirada em Viviane Senna, atualmente presidente do Instituto Ayrton Senna).

O antagonista, Braço-Duro, é uma “homenagem velada” a dois pilotos: Alain Prost e Michael Schumacher.

Inicialmente, Senninha vestia-se com macacão azul e carro bem parecido com o da Williams, escuderia onde o piloto corria na época.

Após a trágica morte de Senna, o personagem passou a vestir macacão vermelho e carro parecido com o da McLaren que o consagrou tricampeão mundial.

Atualmente o personagem tem uma série animada chamada “Senninha na Pista maluca“, que é veiculado em diversos países.

Ronaldinho Gaúcho

Em 2006, Maurício de Sousa emplaca mais um personagem futeboleiro: Ronaldinho Gaúcho e sua Turma.

No começo, Ronaldinho interagia com os personagens da Turma da Mônica. Com o passar do tempo, acabou enveredando em suas próprias histórias que, assim como no caso do Pelezinho, tinham o futebol como centro.

Aqui, a Turma do Gaúcho tinha personagens que lembravam a mãe, o pai e o seu irmão-empresário Assis.

Não fez tanto sucesso quanto o Pelezinho, mas pelo menos interagiu com “a Turma principal”.

Neymar

Menino Ney também teve uma série com Maurício de Sousa.

Na história, o craque tem 10 anos de idade e começa a ter o primeiro contato com o esporte bretão.

Ele mora em um apartamento perto da praia, e gosta de futebol, surfe e frescobol.

Sócrates

O Doutor foi homenageado em diversos momentos com participações em gibis.

No entanto, foi na década de 1980, por conta da Democracia Corinthiana, que ele apareceu ainda mais.

Ora nas revistas da Turma da Mônica, ora nas aventuras do Zé Carioca, Sócrates figurava intensamente em peças publicitárias relativas a Copa de 1986.

No entanto uma ideia mais recente era preparar uma série estrelada por Sócrates, o Doutorzinho.

O gibi pretendia “transmitir mensagens educacionais para os jovens que terão os gibis em mãos”, com exemplos de “socialização, tolerância e respeito entre os seres humanos”,  palavras do próprio Dr. Sócrates na época.

Infelizmente, a morte do ex-jogador em 2011 interrompeu a ideia.

Liga da Justiça brasileira?

Não temos só futebolistas (tirando o Senna) figurando na lista.

Em 2009, o cartunista Moacir Rodrigues e o empresário Pedro Rego Monteiro (da empresa de publicidade Effect Sport), idealizaram um time de super-heróis esportistas.

Chamados de Os Super Atletas, os campeões Cesar Cielo (nadador), Diego Hypólito (ginasta), Sandro Dias (skatista) e Giba (jogador de vôlei) ganham poderes baseadas em suas aptidões para lutar em defesa do meio ambiente.

Ao se transformarem, viram Sealox, Diexgon, Sundiax e Gibonx.

Não conseguimos encontrar alguma informação se esse projeto de fato viu a luz do dia, mas a ideia é que houvesse até desenho animado…

Maciota

Pra encerrar, um personagem que não é inspirado em nenhum jogador em particular, mas em toda a cultura futebolística brasileira.

O quadrinista Paulo Paiva criou, na década de 1970, o jogador de futebol Maloca, que virou “Maciota“,

“Craque” do Xurupita, foi caracterizado como um típico jogador folgado, malandro e “perna-de-pau”, mesmo que ele dissesse que não era.

Suas histórias ilustravam um humor crítico sobre o meio do futebol, brincando com muitas situações do cotidiano da bola.

“Maciota” figurava na revista Placar e também em outros veículos como o jornal Folha da Tarde e as revistas Flash! e Calvin & Cia, sempre no início na década de 1980.

Fonte e Fonte.

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