Dois anos da Rio 2016: Como estão os campeões olímpicos do Brasil? (Parte II)

Agora que completamos dois anos da festa olímpica da Rio 2016, temos mais dois anos para uma nova olimpíada, agora no extremo Oriente. Vamos continuar a análise de como estão os medalhistas da Olimpíada no Brasil.

Tiro Esportivo

Wu CBTE


O nosso primeiro medalhista na Rio 2016 veio no Tiro Esportivo, modalidade cheia de tradição, afinal, foi a primeira que nos deu medalhas olímpicas.. Felipe Wu, no entanto, não vê que capitalizaram com a medalha como ele gostaria.

Vejo que muita gente teve interesse no tiro esportivo, mas a burocracia é grande. A medalha foi mal aproveitada, e talvez em um futuro próximo caia no esquecimento, infelizmente. […]

A principal mudança foi o reconhecimento das pessoas. Sempre sonhei com uma medalha olímpica, mas por satisfação pessoal. Nunca fantasiei muito como seria a vida depois. Ainda bem. Senão talvez eu me decepcionasse esperando um apoio maior

Ele segue tentando manter o bom nível, mesmo com a ajuda somente do COI – já que a federação de tiro esportivo é bem questionável quando ao apoio aos atletas.

Ginástica Olímpica

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A consagração da ginástica olímpica no Rio acabou sendo manchada por um escândalo grandioso, logo após a reportagem exibida no Fantástico que mostrou acusações de 40 ginastas ao técnico Fernando de Carvalho Lopes.

A veiculação da matéria incentivou outros atletas a também darem seus testemunhos. Entre eles, o medalhista olímpico Diego Hypolito.

Logo após esse fato, a CBG fez acordo com o MPF para acolher e investigar as acusações de assédio na ginástica.

Enquanto isso, segue firme a preparação dos ginastas para os próximos torneios que seguem, que já podem garantir vagas olímpicas em Tóquio.

Falou sobre isso Marcos Goto, coordenador da seleção brasileira de ginástica artística:

A gente ainda não fechou a equipe, mas já tem alguns ginastas que são a base para a seleção.

Um dos nossos objetivos é que a equipe que vamos levar para o Pan seja a mais próxima possível da que vamos levar para o Mundial. Se for possível levarmos a mesma equipe, seria melhor.

Tudo faz parte do treinamento para o Mundial. Alguns atletas estão lesionados e não vai ser possível, mas a base da seleção será a mesma para o Pan e para o Mundial

Entre os destaques da seleção, está mais uma vez o atleta das argolas Arthur Zanetti, que se mantém no TOP 3 do mundo na modalidade, e quer fazer história:

Alguns acham que está na hora de parar. Mas eu acho que, pessoalmente, consigo contribuir um pouco mais. Se eu conseguir uma medalha em Tóquio, serei o primeiro ginasta a conseguir três medalhas nas argolas. Mais um feito histórico que eu pretendo alcançar na ginástica

Vôlei de Praia Feminino

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O vôlei de praia vem sofrendo muito com a queda de patrocínios Ágatha e Bárbara seguiram o mesmo passo de Alisson e Bruno e trocaram de parceiras.

Para Ágatha, a nova parceria com Duda rende boas conquistas.

Não só venceu o título Circuito Mundial de 2018 quando venceu as finais do Circuito em agosto.

Boas notícias para um esporte que sempre é garantia de medalhas olímpicas.

Canoagem

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Isaquias Queiroz ganhou 3 medalhas olímpicas no Rio. Já sabemos de antemão que ele não conseguirá repetir a façanha em Tóquio, pois em 2020 as provas de Canoagem Velocidade não estarão em disputa.

Logo, chances de Isaquias brigar pelo pódio no Japão estão nas provas C1 1.000m e C2 1.000m, esta ao lado de Erlon Souza, com quem ganhou uma prata em 2016.

Aquela coisa de primeira Olimpíada já se foi. Você fica mais confiante. Não estou no meu nível máximo ainda, então dá para melhorar muito mais. A canoagem era o patinho feio do esporte brasileiro. A gente foi lá para o Rio fazer estrago. E, em 2020, vamos para garantir mais um recorde, principalmente meu, que é obter mais duas medalhas e entrar naquele livro de recordes, de atletas com cinco medalhas.

Judô

mayra aguiar recebe e exibe para o publico a medalha de bronze  v

A gaúcha Mayra Aguiar foi bronze no Rio 2016, mas continua sua vitoriosa carreira.

Foi campeã mundial de judô em 2017 (a primeira mulher da história do esporte brasileiro a vencer duas vezes o mundial em modalidade individual) e tem tudo para repetir a dose nesse ano.

Se o judô feminino continua competitivo, o masculino já viu dias melhores.

No entanto, o Rafael Silva, que foi bronze na Rio 2016, repetiu a dose no mundial, mas viu um concorrente brazuca crescer: David Moura surge como um novo talento na mesma categoria.

Tanto é que, no mesmo mundial, foi prata após perder a final da categoria para Teddy Riner, o francês que não perde há 8 anos.

Natação

Dois anos da Rio 2016: Como estão os campeões olímpicos do Brasil? (Parte II)

A primeira medalhista brasileira na natação não irá tentar repetir a dose em Tóquio.

Poliana Okimoto, surpreendida pelo descaso do poder público para com os medalhistas, ela perdeu sua equipe, o que comprometeria uma preparação olímpica.

Logo, decidiu se aposentar das braçadas (pelo menos em competições oficiais):

Pensei que pudesse ter um bom rendimento em Tóquio. Porém, as coisas ocorreram de uma forma como eu não esperava. Eu achava que, depois de conseguir uma medalha olímpica, eu teria pelo menos condições iguais às que tive para a última Olimpíada. Mas eu perdi muitos recursos. Perdi minha equipe multidisciplinar. E, no fim, isso acabou me desmotivando. Sem essa estrutura, parei realizada, feliz, no auge da minha carreira

Taekwondo

 

 

Dois anos da Rio 2016: Como estão os campeões olímpicos do Brasil? (Parte II)

Uma das mais surpreendentes medalhas da Rio 2016 para o Brasil, Maicon Siqueira tenta se manter no topo de sua categoria no taekwondo para sonhar com Tóquio.

Nesse momento, ele é o atual 21º colocado do ranking – apenas os seis primeiros dessa listagem garantem presença nas Olimpíadas.


Na próxima vez, vamos ver quem mais pode surpreender em Tóquio daqui há 2 anos.

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